sábado, 19 de maio de 2007

Ciranda em Defesa da Educação Infantil esteve no Ribeirão Verde

O movimento "Ciranda em Defesa da Educação Infantil: pública, gratuita e de qualidade para todos", composto por mais de 30 grupos e instituições, esteve presente no Complexo Ribeirão Verde, a pedido da Associação dos moradores locais, nas comemorações de 10 anos de inauguração do Complexo, ocorrido no último sábado, dia 19 de maio. A caminhada percorreu um trecho curto, de 2 quilômetros, mas suficiente para registrar uma amostra de 65 crianças sem creche ou pré-escola. "E olha que a Ciranda percorreu um trajeto bem próximo da creche nova e percebemos que a demanda do entorno não foi totalmente atendida com a construção desse prédio.", disse Maria Ceciília de Oliveira, do Movimento da Ciranda, representando o Fórum Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente.

Segundo o presidente da Associação de Moradores do Complexo Ribeirão Verde, Luís Antônio França, isso se deve ao atraso com o qual a creche chegou ao bairro. "A gente reivindicou a presença da Ciranda no Complexo porque a nova creche chegou com um atraso enorme, após 10 anos de existência, e não atende nem de perto a demanda antiga, imagine então com os novos moradores que tem chegado ao bairro!". Os novos moradores a que se refere o presidente da Associação são, basicamente, os moradores da Etapa 3, o conjunto de casas do chamado bairro Antônio Palocci, que não tem nenhum equipamento de educação nas proximidades. "Os moradores do [bairro] Antonio Palocci nos pediram para passar por lá e vamos estudar fazer uma caminhada por aquela região no mês que vem", declarou Maria Cecília, porta-voz da Ciranda.

O atendimento em tempo parcial foi outra queixa que os membros da Ciranda detectaram entre as famílias. Há casos de mães que tem seus filhos atendidos em tempo parcial e que não conseguem emprego por ter que cuidar de seus filhos no outro período do dia, ou ainda, acabam por deixar com alguma vizinha, conhecidas como "mães crecheiras", que formam um exército
improvisado e clandestino de atendimento às crianças. "Há vários estudos apontando a inadequação dessa solução para o atendimento às crianças, é um improviso que não atende ao mínimo de qualidade, colocando em risco a vida desses pequenos", aponta Ana Mello, supervisora das creches da Usp e também participante da Ciranda.

Além de uma nova caminhada pelo Complexo Ribeirão Verde, será inaugurado um Comitê da Ciranda pela Associação de moradores. Nas palavras do presidente da Associação, "é necessário fortalecer esse trabalho para dar oportunidade de mais gente cadastrar seus filhos e lutar por seus direitos, por isso vamos criar um Comitê da Ciranda na nossa Associação".

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