domingo, 16 de maio de 2010

O 'X' da questão

O ‘X’ da questão
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Jornal: Gazeta de Ribeirão
Sábado, 15/05/2010

Educação infantil Grupo pede que abertura de creches nas férias esteja condicionada a integração com outras secretarias

GABRIELA YAMADA
Gazeta de Ribeirão
gabriela.yamada@ gazetaderibeirao .com.br

O movimento Ciranda em Defesa da Educação Infantil Pública, Gratuita e de Qualidade, que reúne entidades ligadas à educação em Ribeirão Preto , prepara um dossiê que será entregue ao juiz da Vara da Infância e Juventude, Paulo César Gentile , para servir de subsídio no julgamento contra a ação proposta pela Defensoria Pública que determina a abertura de creches e pré-escolas nas férias.

Para embasar a posição contrária à determinação, o documento é composto por matérias publicadas em jornais e na televisão, informações do site da Prefeitura Municipal e pareceres de duas especialistas em educação.

Segundo a professora Ana Paula Soares da Silva , que representa o Centro Brasileiro de Investigações sobre Desenvolvimento Humano e Educação Infantil (Cindedi) da USP na Ciranda, os professores são contrários à abertura total dos estabelecimentos de ensino e defendem que haja uma política de educação infantil integrada com as áreas da Cultura e Assistência Social, com a abertura parcial de creches e escolas.

“As férias coletivas são importantes para que haja a garantia da qualidade da educação infantil. A rotatividade de funcionários prejudica a criança na construção de um vínculo”, disse. Além disso, segundo ela, são nesses períodos de férias e recesso onde os estabelecimentos passam por reformas.

Dados da Secretaria Municipal de Educação apontaram que a frequência de alunos foi maior nas creches, de 30% —destas, 44% foram do berçário e outras 25% do maternal. Já na pré-escola, o número foi de 5%.

O professor José Marcelino Rezende Pinto , presidente do Conselho Municipal de Educação, disse que os números não devem ser subestimados. “Não é preciso abrir todos os equipamentos. É preciso estimular as crianças no período, que não deve ser letivo”, afirmou. Em julho, os estabelecimentos deverão permanecer abertos, por força de uma liminar. A Defensoria Pública defende que haja a manutenção das atividades para atender, principalmente, pais que trabalham e não têm com quem deixar os filhos.

Prefeitura agora tem minoria

Anteontem, foi eleito um terço do Conselho Municipal de Educação e, com a renovação, a Prefeitura Municipal mantém agora uma minoria de representantes. “Isso é importante, porque conseguimos um conselho mais autônomo e independente da Administração Pública”, afirmou a professora Ana Paula Soares da Silva , que representa o Centro Brasileiro de Investigações sobre Desenvolvimento Humano e Educação Infantil (Cindedi) da USP na Ciranda. A eleição ocorreu na Escola Municipal Dom Luiz do Amaral Mousinho. José Marcelino Rezende Pinto , presidente do conselho, afirmou que, pela primeira vez, a eleição contou com uma participação significativa de representantes da educação. “Isso é muito importante. Percebemos que há uma vontade cada vez maior em discutir a educação em Ribeirão Preto ”, afirmou. (GY)

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Grupo critica proposta para educação

Jornal: A Cidade
Quarta, 12 de Maio de 2010 - 23h32

Grupo critica proposta para educação
Movimento Ciranda de Ribeirão contesta projeto que quer redução de 6 para 5 anos de idade mínima para alunos do ensino fundamental.
Adriana Matiuzo
A Ciranda em Defesa da Educação Infantil Pública, Gratuita e de Qualidade, movimento que reúne entidades ligadas à educação em Ribeirão Preto, decidiu fazer um abaixo-assinado contra o Projeto de Lei 6755/2010, do senador Flávio Arns (PSDB-PR), que pretende tornar obrigatória a matrícula de crianças com cinco anos no ensino fundamental.

O projeto, que tramita na Câmara Federal, já teve a aprovação do Senado e tem gerado uma onda de protestos em todo o Brasil. A lei atual prevê que as crianças apenas podem ser matriculadas no ensino fundamental quando tiverem seis anos.

A Ciranda emitiu nesta semana uma nota de repúdio ao projeto e tenta reunir assinaturas em Ribeirão, principalmente de profissionais da área da educação.

O Cindedi (Centro Brasileiro de Investigações sobre Desenvolvimento Humano e Educação Infantil) da USP, que faz parte da Ciranda, aponta que o projeto desrespeita a produção intelectual e acadêmica, que gerou conhecimentos para consolidar creches e pré-escolas como os espaços mais adequados para a educação coletiva da criança pequena na esfera pública.

"Do ponto de vista pedagógico é muito cedo e inadequado colocar crianças com cinco anos no ensino fundamental", diz a professora Ana Paula Soares da Silva, que representa o Cindedi na Ciranda.

Segundo ela, outro problema da proposta é a adequação das escolas. As instituições não conseguiriam sequer se adequar para receber crianças de seis anos.

Para longe dos pais

O diretor da Apeoesp (Sindicato do Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) na região, Mauro da Silva Inácio, disse nesta quarta-feira que o projeto parece uma manobra para empurrar crianças pequenas para o ensino fundamental.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Manifestação Ciranda contra a matrícula da criança de 5 anos no EF

O movimento Ciranda em Defesa da Educação Infantil Pública, Gratuita e de Qualidade, juntando-se à luta de entidades e movimentos de defesa pela Educação Infantil de todo o país:
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- REPUDIA o Projeto de Lei do Senador Flávio Arns (n. 414/2008) e o Projeto de Lei n. 06755/2010, na Câmara dos Deputados, que obriga a matrícula das crianças de 5 anos de idade no Ensino Fundamental;
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- DEFENDE que a idade de corte para a matrícula no Ensino Fundamental respeite o que se estabeleceu no Art. 5 parágrafo 2 e 3 das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil ( Resolução CNE/CEB n. 5/2009).
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A matrícula da criança de 5 anos no Ensino Fundamental:
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- Está na contramão de todos os avanços obtidos na construção da educação infantil no país.
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- Contrapõe Resoluções recentes do Conselho Nacional de Educação - CNE, inclusive as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (n. 5/2009).
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- Desconsidera um processo democrático de discussão ocorrido no âmbito da Conferência Nacional de Educação - CONAE 2010. Delegados de todos os Estados da Federação, legitimamente eleitos por seus pares e em Conferências Intermunicipais e Estaudais, aprovaram: que "a educação infantil não pode ser cindida"; que o ingresso da criança no Ensino Fundamental aconteça com 6 anos completos ou a completar até o início do ano letivo, tendo o mês de março como data limite.